domingo, 23 de junho de 2013

O que é hot rod?


Hot Rod é o termo usado para os carros que os jovens americanos na década de 40 e 50 modificavam, não só para ter um carro de estilo diferenciado dos carros da época, mas também porque não tinham dinheiro para comprar um novo.
Após a 2º guerra mundial a indústria retornava a fabricação de veículos, mas os modelos eram praticamente os mesmos de 1942 quando houve a interrupção na produção, então os jovens da época começaram a montar carros da década de 20 e 30 com mecânica atualizada.
Eles pegavam esses carros, rebaixavam o teto (Chopp the roof), colocavam uma mecânica mais potente com motor V8 , independente da marca, ou preparavam o próprio motor, não ligavam para pintura bonita, afinal custava caro.
Punham pneus traseiro largos (geralmente aro 15 tala 10, tradicional na época) e “slick” e também podiam abaixar a altura do carro ( soldava-se o chassis em “Z”, para rebaixar o carro).Também colocavam câmbio de outro carro, tudo com peças de carros da época.
Por exemplo, pegavam um Ford modelo T 1927,colocavam o chassis do modelo A 1929, realizavam a solda em Z para abaixar o carro, abaixavam o teto, ou cortavam ele fora, colocavam um motor por exemplo de Oldsmobile 1951, com seis carburados (muitos carburadores é item indispensável no Hot Rod de verdade), cambio de Cadillac 1949, etc…
O Ford 1949, com sua linha revolucionária, de pára lamas integrados à carroceria, marcou o início do design dos carros de pós guerra. Os carros de 1949 para cima são chamados Custom, desde que estejam modificados para maior performance e aparência marcante (rodas, pneus, motor, etc). Um dos mais famosos é o Mercury 49. Certamente você lembra dele, no filme Cobra de Sylvester Stallone.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Formula 1


Como surgiu: No início do século XX a competição esportiva se expandia por todo o mundo, entre os esporte dava-se maior destaque para o automobilismo, onde pilotos guiavam carros modificados especificamente para a velocidade em circuitos isolados procurando ver qual era o melhor. Algumas organizações promoviam corridas prolongadas como as 500 milhas de Indianápolis nos Estados Unidos e um campeonato de corridas europeias. Houve uma pausa na realização desses esportes por causa da segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945), após o fim da guerra a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu criar uma categoria que visava um campeonato mundial.

Primeiro Grande Prêmio de Fórmula 1 e seu vencedor Nino Farina


    Em 13 de maio de 1950, em Silverstone na Inglaterra, surgiu então a Fórmula 1. O que viria a ser como o maior e mais caro esporte mundial da face da Terra. Na sua inauguração a Fórmula 1 contou com 21 carros fornecidos por 5 equipes (Alfa Romeo, Alta, ERA, Maserati e Talbolt), pilotos de 7 países (Argentina, Escócia, França, Inglaterra, Irlanda, Itália e Tailândia), um público de mais de 100.000 pessoas. Foram 70 voltas, 2 horas e 13 minutos de duração, e a vitória do piloto da Alfa Romeo Nino Farina. Poucos carros terminaram a corrida que teve pouca competitividade e o entretenimento apenas daqueles que já entendiam de carro. Mas viria crescer em breve.
Década de 1950: A temporada de 1950 contou com 6 corridas na Europa e com pilotos de equipes europeias cuja a cor do carro era representada pela nacionalidade da equipe: os ingleses ficavam com o verde, os italianos com o vermelho, os franceses com o azul e os alemães com o branco. A pontuação era dividida entre os 5 primeiros na ordem: 1º ganhava 9 pontos, 2º 6, 3º 4, 4º 3 e 5º colocado marcava 2 pontos. Era acrescentado também no campeonato a corrida de Indianápolis, apesar de possuir outra pontuação e pilotos e equipes de outras nacionalidades. As corridas eram caras e exaustivas, tendo horas de duração interruptas. Além das 5 equipes que participaram da inauguração, a equipe Ferrari passou a competir a partir da segunda prova no ano realizada em Monte Carlo. Não havia campeonatos de construtores por tanto as equipes deviam se inscrever e pagar apenas as corridas que iriam disputar.

A Ferrari foi a principal potencia da categoria na década de 1950

Juan Manuel Fangio foi o principal piloto da década de 1950 com 5 títulos mundiais
   A 1ª temporada foi dominada pelos três carros da Alfa Romeo e teve como campeão o italiano Nino Farina, com 3 vitórias e 30 pontos no campeonato. Em 1951 a Ferrari se mostrou forte, mas o título ficou novamente com um piloto da equipe Alfa Romeo, dessa vez com o argentino Juan Manuel Fangio, com 3 vitórias e 31 pontos. O primeiro título de um piloto da equipe Ferrari veio em 1952 com Alberto Ascari que viria a ser campeão também da temporada seguinte. As corridas por serem muito caras obrigavam os pilotos a mudarem de equipes constantemente. A Ferrari era a que possuia maior número de pilotos e disparado os melhores carros.
   Em 1954 surgiu a Mercedes, equipe a altura da Ferrari e que levou Juan Manuel Fangio ao seu segundo título na categoria. Fangio venceu também a temporada de 1955 pela Mercedes. O número de corridas alternava entre 8 e 9, eram caras e a categoria não havia feito o sucesso mundial que se esperava. A Mercedes decidiu sair em 1956 e Fangio correu aquele ano na Ferrari, um ano complicado em que algumas corridas eram ditas como traçados simples e seu vencedor somaria apenas 8 pontos. Fangio venceu apenas 2 corridas aquele ano, mas conseguiu superar o favorito ao título Stirling Moss da Maserati, e se tornou tetra-campeão mundial.
   Em 1957 Fangio foi para a Maserati, subiu ao pódio em todas as corridas que completou e se consagrou penta-campeão. As emoções eram consideradas poucas e o grid estava cada vez menor. A FIA resolveu então criar mais um campeonato, o de construtores, onde a melhor equipe também receberia o título de melhor do mundo. Porém as principais equipes não participavam de Indianápolis e resolveu-se então manter a corrida no calendário, porém as equipes que participassem da corrida não fariam parte do campeonato de construtores.
   Em 1958 as equipes começaram a evoluir seus carros, agora haviam 10 corridas e a competitividade aumentava. O primeiro título de construtores foi ganho pela equipe Vanwall, apesar do piloto campeão ser Mike Hawthorn da Ferrari. Na temporada seguinte a Cooper foi campeã de construtores e teve o piloto Jack Brabham como campeão. As equipes pontuavam a partir dos pontos ganhos por seu piloto melhor colocado na corrida.
Década de 1960: A década de 1960 começou como terminou a anterior, com Jack Brabham se tornando bi-campeão mundial e sua equipe a Cooper, campeã de construtores. Ambos foram batidos em 1961 pela equipe Ferrari e seu principal piloto Phil Hill, campeões naquele ano.

Jack Brabham tri-campeão na década de 1960 e fundador da equipe Brabham
   Apesar do aumento de competitividade, da evolução dos carros e uma maior rigidez nas regras (agora as equipes teriam de correr a temporada inteira e o vencedor de qualquer corrida ganharia 9 pontos), o público ainda era pouco perto dos gastos que se haviam na Fórmula 1. Os chefes da categoria decidiram tornar o esporte mais sério, começando por eliminar de vez o Grande Prêmio de Indianápolis do calendário e havia a esperança do número de corridas apenas aumentar dali em diante. A temporada de 1962 viu a primeira vitória de duas das maiores lendas da categoria: Graham Hill e o nomeado Jim Clark, Graham Hill viria a ser campeão daquele ano correndo pela equipe BRM, enquanto Clark foi vice correndo pela Lotus. Em 1963, Clark deu o troco com impressionantes 63 pontos contra 29 de Hill e impressionantes 7 vitórias em 10 corridas.
   Em 1964 nenhum dos dois foi campeão, Clark teve diversos problemas com a sua Lotus e Graham Hill foi superado pelo piloto da Ferrari, John Surtees. Mas ambos viriam ainda mais fortes no ano seguinte. Em 1965 Hill corria no que era disparada a melhor equipe daquele ano, mas fora superado novamente por Jim Clark, o título considerado até então como o mais difícil da Fórmula 1 visto as condições da equipe Lotus diante da poderosa BRM, mas Clark inovou ao configurar seu próprio carro. Em 1966 a BRM vinha fraca e Jim Clark com a Lotus enfrentou inúmeros problemas. O título ficou com um velho campeão, Jack Brabham, que desde 1961, quando montou sua própria equipe conquistou sua primeira vitória correndo pela Brabham e seus inovadores motores de 3,0 litros. De cara venceu 4 corridas seguidas e foi facilmente o campeão daquele ano.

Jim Clark e sua Lotus verde-esmeralda viriam a ser o maior ícone da década de 1960
   A temporada de 1967 dava indícios de ser a mais disputada da Fórmula 1 até então. Graham Hill foi correr na Lotus, sendo companheiro de Jim Clark e a equipe inglesa com os inovadores aerofólios aerodinâmicos era a favorita ao título. Mas acabou sendo um verdadeiro fracasso. O carro quebrava facilmente, Hill terminou apenas três corridas e Clark apesar de vencer 4 fora superado pelos pilotos da Brabham, dessa vez o título ficava com o australiano Denny Hulme, vencedor de apenas duas provas daquele ano.

O bi-campeão Graham Hill e sua consagrada Lotus inovaram com aerofólios em 1968
   Para completar a década o desfecho do trio Jim Clark, Graham Hill e Jack Brabham. A Brabham fora superada e seu dono somou apenas dois pontos em 1968. A Lotus agora com os potentes motores Ford era disparada a melhor equipe, mas viu uma inesperada tragédia, depois de vencer com facilidade a primeira corrida, Jim Clark era o favorito ao título, mas ao participar de uma corrida de Fórmula 2 na Alemanha sofreu um acidente fatal onde acabou falecendo. A perda de um dos melhores e mais carismático campeões de Fórmula 1 chocou a categoria que finalmente conseguia seu público desejado. O clima entre os pilotos da época nunca mais foi o mesmo. Graham Hill foi o campeão daquele ano, mas nem ao menos comemorou o título.
   Em 1969 a Fórmula 1 via o início de uma nova era. O acordo entre as antigas montadoras e as empresas petrolíferas chegara ao fim e as equipes eram livres para deixar a categoria. O número de construtores caiu de 16 para 8. Os custos subiram ainda mais e a temporada fora dominada por 4 equipes. A atual campeã Lotus dividia seu reinado com outras equipes que usavam aerofólios e motores Ford: McLaren, Brabham e a campeã Matra do piloto campeão Jackie Stewart. As antigas campeãs Ferrari, BRM e Cooper decaíram e teriam de agir rápido se quisessem sobreviver ao que viria na década seguinte.

Na foto Bernie Ecclestone e Niki Lauda, dois dos principais nomes dos anos 70
Década de 1970: A década de 1970 trouxe ao ciclo da categoria o mais poderoso de todos que já passaram por ela, Bernie Ecclestone. Antigo piloto, que não é conhecido pela sua carreira dentro das pistas e sim fora delas. Em 1971 ele comprou a equipe Brabham e começou a investir na categoria. Foi ele o responsável por fazer a Fórmula 1 ser conhecida no mundo inteiro, aclamado como ótimo negociador, fechou contrato com equipes milionárias e autódromos caríssimos. Ainda consegue equilibrar seu domínio como presidente da FOM (Formula One Management)  e da FOA (Formula One Administration) mesmo diante da grande potência da FIA e das exigentes equipes.

A inovadora Lotus de Émerson Fittipaldi foi a principal equipe na década de 70
  Mas na década de 70 a política na Fórmula 1 ainda era esquecida. O público só se interessava pelo que estava dentro das pistas, as equipes e os pilotos. A década foi dominada pela equipe Lotus que seguia inovando com seus aerofólios conhecidos como "asas". A equipe conquistou títulos fáceis em 1970 com Jochen Rindt, em 1972 com Émerson Fittipaldi e em 1978 com Mario Andretti. Além da Lotus, outra equipe a se destacar foi a McLaren, fundada na década anterior conquistou o título de 1974 com o bi-campeonato de Émerson Fittipaldi e por apenas um ponto de diferença conquistou o título de pilotos de 1976 com James Hunt. A Ferrari também sobreviveu a crise das montadoras e voltou a ser campeã com o grande Niki Lauda em 1975 e 1977, e com a forte dupla de 1979, o campeão Jody Scheckter e o vice Gilles Villeneuve.

Jackie Stewart tri-campeão de Fórmula 1 e um dos principais pilotos da década de 70
   Além dessas grandes e nomeadas equipes a Tyrrell conquistou seus únicos dois títulos na categoria com o escocês Jackie Stewart, em 1971 e 1973. A década de 70 também viu a "renovação" das equipes na categoria. Surgiam, escondidas, futuras campeãs como a Williams, uma das principais equipes das décadas seguintes e a inovadora Renault que trouxe com ela os motores turbo. Com aerofólios cada vez mais inovadores, motores cada vez mais potentes e a presença do turbo a Fórmula 1 viu os seus anos mais perigosos entre 1968 e 1994, época também em que explodiu economicamente graças à Bernie Ecclestone que comprava os direitos de transmissão de TV da FIA em 1979.
    Os anos 70 também ficaram famosos pelas disputas por posições que aumentavam a cada ano, como mostrada no vídeo abaixo. Na ocasião, René Arnoux de Renault que corria em casa tenta ultrapassar a Ferrari de Gilles Villeneuve que disputava o título de pilotos daquele ano. A disputa foi no Grande Prêmio da França de 1979.



Década de 1980:

O maior quarteto da história da Fórmula 1
 A Fórmula 1 iniciou a década de 80 com uma lista de bons pilotos e renomadas equipes. Já havia visto pilotos como Juan Manuel Fangio, Jack Brabham, Graham Hill, Jim Clark, Jackie Stewart, Émerson Fittipaldi e Niki Lauda, entre outros campeões. Equipes como Ferrari, Brabham, BRM, Cooper e Lotus, todas consagradas com títulos e inovações. Mas foi a década de 1980 que viu as maiores disputas da categoria, o quarteto Nelson Piquet, Alain Prost, Nigel Mansell e Ayrton Senna foi responsável pelos maiores duelos da categoria, entre 1980 e 1993 foram vistos os mais emocionantes combates dentro das pistas e consagraram equipes como McLaren e Williams que nunca mais seriam as mesmas sem esses gênios do automobilismo. Pilotos que um dia poderiam ser campeões como Riccardo Patrese, Gerhard Berger, Michele Alboreto e René Arnoux se tornaram simples coadjuvantes diante desses monstros da Fórmula 1. Equipes consagradas como Ferrari e Lotus ficaram uma década inteira sem títulos pois não podiam com McLaren e Williams. Foi onde começaram as disputas que durariam mais de uma temporada, envolvendo mais de dois pilotos. Valia a pena ver acidentes terríveis e a Fórmula 1 se tornando máquina de fazer dinheiro, apenas para testemunhar segundos em que esses gênios dominavam suas máquinas.

Nelson Piquet conquistou dois títulos logo no início de sua carreira na Brabham
   1980 viu a consagração do primeiro título da equipe Williams, escuderia que vinha cada vez mais forte desde 1977 ganhou o título fácil com o australiano Alan Jones. Em 1981, nem ele e nem seu companheiro de equipe conseguiram combater o brasileiro Nelson Piquet, dirigindo a equipe Brabham que vivia em crise depois da saída de seu fundador. Piquet seguiu a inovação de Jim Clark sendo responsável pelo acerto de seu carro e poucos pontos a frente dos carros da Williams se consagrou campeão mundial. Em 1982 a Brabham trocava os motores Ford pelos motores BMW-turbo, mais potentes, porém com uma resistência muito mais baixa. Piquet ficou longe do título, novamente vencido por um piloto da Williams, dessa vez o estreante na equipe e a zebra da temporada Keke Rosberg, com apenas uma vitória. Mais a temporada viu os carros da Renault de Alain Prost e René Arnoux dominarem disparados quase todos os treinos classificatórios e o retorno de Niki Lauda, agora pela McLaren, que havia deixado a categoria no fim da temporada de 1979.

Niki Lauda tri-campeão em 1984, 0.5 pontos a frente de Alain Prost
   Em 1983 a Williams decaiu bastante, sendo superada pela equipe Ferrari, mas nenhum dos pilotos da equipe italiana se consagrou campeão. A disputa do título ficou por conta de Alain Prost destaque com a Renault e novamente Nelson Piquet, bi-campeão com apenas dois pontos de vantagem para o francês. Em 1984 Prost trocava a Renault que enfrentava grandes problemas de confiabilidade pela McLaren onde correria ao lado do veterano Niki Lauda. A equipe fazia um projeto aerodinâmico que faria com que ela crescesse de forma extraordinária a partir de então. Prost e Lauda formaram o primeiro "Dream Team" da década dominando toda a temporada de 1984 e por uma diferença incrível de 0,5 pontos Niki Lauda se tornou tri-campeão mundial.
   Fatos curiosos daquele ano foram a utilização do inovador aerofólio duplo, inventado pela McLaren e copiado por todas as demais equipes no restante da temporada; um certo piloto estreante chamado Ayrton Senna que quase venceu o Grande Prêmio de Mônaco com o fraco carro da Toleman e Nigel Mansell que após ter pane seca quando liderava o Grande Prêmio dos Estados Unidos tentou empurrar sua Lotus nos metros finais até desmaiar no meio da pista.
  1985 viu novamente o domínio dos carros da McLaren. Desmotivado em sua última temporada na Fórmula 1 Lauda viu seu companheiro Alain Prost conquistar o título mais fácil da equipe até então.

1986, Nigel Mansell perde o título mais disputado da categoria para Alain Prost
   A temporada de 1986 via o surgimento de um novo "Dream Team". A Williams perdia o campeão de 1982, Keke Rosberg, para a McLaren, mas passaria a contar com a participação de Nelson Piquet, que levou dados importantes para o time e o ajudou a se tornar disparado o melhor daquele ano. Piquet só não contaria com a presença de Nigel Mansell, o inglês conhecido como "leão", talentoso, porém desastrado e que jamais aceitaria ser superado por um companheiro de equipe. Mansell foi o piloto a ser batido naquela temporada, mas deixou o título escapar nas duas últimas corridas, não para Nelson Piquet, mas sim para Alain Prost, a McLaren já não tinha o melhor carro, mas Prost mostrava ser frio e calculista, com poucos abandonos e sempre terminando entre os líderes, o francês se consagrou bi-campeão em 1986, apenas 2 pontos a frente de Mansell e 3 a frente de Piquet no campeonato de pilotos.

Nelson Piquet e Ayrton Senna em uma das mais emocionantes disputas por posição
   Destaque para Ayrton Senna. O piloto brasileiro crescia a cada ano, agora na Lotus conquistou duas vitórias sob pista molhada em 1985 e duas sob pista seca em 1986. Mesmo não disputando o título foi consagrado o melhor piloto daquele ano com incríveis 8 pole-positions em 16 corridas em uma equipe que enfrentava uma crise terrível, e teve o famoso gesto de levantar a bandeira brasileira depois de vencer a corrida de Detroit.
   Em 1987, nem a McLaren do calculista Alain Prost e nem a Lotus do gênio Ayrton Senna puderam combater as Williams do tri-campeão Nelson Piquet e do inglês vice-campeão Nigel Mansell. A diferença era tanta que Senna e Prost quase desmaiavam em todas as corridas ao saírem do carro, enquanto Piquet e Mansell venciam corridas guiando na ponta dos dedos. Depois de ser superado por Piquet, Mansell brigou com a equipe que resolveu manter o piloto inglês e dispensar Nelson Piquet que ia para a Lotus com a esperança de reerguer o time falido. Acabava ai o "Dream Team" da Williams.
   A temporada de 1988 começou mostrando que Nelson Piquet e Williams haviam errado ao se separar, a equipe inglesa não obteve nenhuma vitória naquele ano e Nelson Piquet nada pode fazer com uma Lotus prestes a fechar. Surgia um novo "Dream Team" mais forte do que qualquer outro já visto anteriormente na categoria. A McLaren Honda dos pilotos Ayrton Senna e Alain Prost. Senna não queria ser companheiro de Mansell na Williams e decidiu se unir a Alain Prost na McLaren, levando consigo os potentes motores Honda, única peça ainda forte na Lotus no ano anterior. Mas Prost seria para Ayrton Senna um adversário maior do que Nigel Mansell foi para Nelson Piquet.

Alain Prost e Ayrton Senna formaram o maior "Dream Team" da Fórmula 1
   O francês era o "queridinho" da equipe desde 1984 e não permitiria um outro piloto vencedor no time. Copiava os acertos de Ayrton Senna, que fazia o mesmo em relação ao francês, não havia uma única corrida em que eles não andavam próximos. Os dois se superavam a cada prova e naquele ano só não venceram 1 das 16 corridas da temporada, a única em que ambos abandonaram. O título só poderia vir de forma brilhante, como veio. Na penúltima prova da temporada em Suzuka, caso Ayrton Senna vencesse seria o campeão daquele ano. Como em 13 corridas de 1988, largou na pole-position. Mas seu carro apagou na largada e Senna caia para as últimas posições, fazendo ultrapassagens fenomenais em um circuito travado ele logo assumiu a segunda posição na volta 20 e dali a 8 voltas ultrapassou Alain Prost, assumiu a liderança e venceu a corrida se tornando campeão mundial.

A famosa colisão dos "companheiros" de equipe em Suzuka, 1989
   Em 1989 Senna era o favorito ao título, mas além de ter problemas na primeira curva da temporada, abandonou em 7 provas, enquanto Prost precisou apenas ter paciência e terminando quase todas as corridas foi tri-campeão naquele ano. O título foi polêmico, pois na penúltima corrida da temporada, em Suzuka, Prost liderando tacou seu carro em cima do carro de Senna que precisava da vitória para continuar na disputa do título. Senna cortou a chicane, voltou para a pista, trocou a asa dianteira do carro nos boxes, ultrapassou Alessandro Nannini da Benetton e venceu a prova. Tudo isso nas últimas sete voltas da corrida. Mas Jean Marie Balestre, o então presidente da FIA, decidiu banir o piloto da corrida por atravessar a chicane causando frustração no piloto brasileiro e em sua torcida e dando o título a Alain Prost que deixava sua equipe e ia para a promessa do ano seguinte, a Ferrari, acabando com o maior "Dream Team" de todos os tempos.
O auge da Fórmula 1: A Fórmula 1 na década de 1990 iria ver em seu início disputas tão eletrizantes como viu nos anos anteriores, porém iria passar pela perda de um de seus principais pilotos, na época, como consequência enfrentaria uma crise terrível, o abandono até de sua torcida mais fanática e revelaria o que é hoje o maior recordista de títulos e vitórias, Michael Schumacher. Também viria o fechamento de equipes que outrora haviam vencido corridas, foi o caso de Brabham, Lotus, Ligier e Tyrrell. Todas enfrentando o problema financeiro e decaindo a cada ano até fecharem.

Grandes duelos marcaram o início dos anos 90 na Fórmula 1
   A temporada de 1990 visava grandes disputas por vitória. A McLaren tinha a melhor aerodinâmica e Ayrton Senna como primeiro piloto, a Ferrari contava com o inovador câmbio semi-automático e a dupla de pilotos Alain Prost e Nigel Mansell, a Benetton contava com o potente motor Ford e o recém contratado tri-campeão Nelson Piquet. Mas era a equipe Williams, com a suspensão ativa, que possuia o melhor carro da temporada, porém seus pilotos não tinham vantagens em circuitos pouco ondulados. E Riccardo Patrese e Thierry Boutsen jamais haviam brigado pelo título de pilotos. Não haviam favoritos para aquele ano.

Senna atropela Prost e garante o bi-campeonato de Fórmula 1
   As três primeiras corridas tiveram vencedores de equipes diferentes, mas aos poucos Ayrton Senna e Alain Prost começavam a se destacar dos demais. Senna venceu as corridas de rua e Prost as corridas de alta velocidade.  Chegaram ao final da primeira metade da temporada com a diferença de apenas dois pontos entre eles, com a vantagem para Alain Prost. Mas a partir de então Senna se concentrou de vez no título e nas cinco corridas seguintes conquistou 3 vitórias e nas outras duas foi 2º colocado. Enquanto Prost encontrava dificuldades na classificação e tinha como companheiro o egoísta Nigel Mansell que mais atrapalhava do que ajudava. Senna chegou como líder do campeonato no Grande Prêmio do Japão, onde Prost tinha disparado o melhor carro e após assumir a liderança na largada teve o carro atropelado pelo de Ayrton Senna, que fazia a "vingança" do ocorrido no ano anterior. Com o abandono do francês Senna se tornava bi-campeão mundial.
   A McLaren decaiu a cada ano entre 1988 e 1990 e teve que inovar para brigar pelo título em 1991. Passou a utilizar uma aerodinâmica mais eficiente, montada pelo próprio Ayrton Senna e conseguiu um pique novo para o início da temporada. Senna venceu as 4 primeiras corridas largando na pole-position e era sem dúvida favorito ao tri-campeonato. Prost vinha desastroso sem marcar nem metade dos pontos do piloto brasileiro, sua Ferrari não evoluíra e ficava para trás em relação à McLaren. A Benetton de Piquet também mudava a aerodinâmica com o famoso formato "tubarão", mas o próprio piloto admitiu não ter chances de título. Senna só não esperava por uma evolução extraordinário do carro da Williams, agora com Nigel Mansell de volta e o projetista Adrian Newey que melhorava o modelo anterior.

Mansell e Senna mostrando o quanto era disputada uma corrida de Fórmula1
   Aos poucos o carro da Williams evoluía chegando a metade da temporada disparada como maior potência, superando inclusive a McLaren de Senna. Mansell venceu três corridas seguidas e colou em Senna no campeonato de pilotos. Mas a falta de paciência de Mansell nos Grandes Prêmios de Portugal e Japão, e as vitórias sofridas de Senna na Hungria e Bélgica garantiram o tri-campeonato mundial ao piloto brasileiro. No fim da temporada Prost saiu da Ferrari e Piquet aposentou, era o fim do quarteto fantástico.
   Após ser três vezes vice-campeão Nigel Mansell não aceitaria perder outro título e exigiu o melhor carro desde o início em 1992. A Williams então copiou o câmbio semi-automático da Ferrari e tinha disparado o melhor carro do ano, considerado como sendo de "outro planeta". Mansell venceu as primeiras cinco corridas da temporada. Foi campeão já na 11ª etapa do mundial. O vice foi seu companheiro de equipe Riccardo Patrese. A McLaren com o tri-campeão Ayrton Senna e a surpresa da temporada Gerhard Berger terminou o ano com exatamente metade dos pontos ganhos pela equipe Williams que para 1993 tinha como confirmado apenas o piloto Damon Hill, já que Mansell ia para uma categoria americana (onde foi campeão em seu ano de estreia) e Patrese decidia se aposentar (o que não fez naquele ano, e assinou contrato com a Benetton para aposentar no ano seguinte). Senna arriscou assinar com a equipe inglesa, mas em cima da hora outro piloto tomava o seu lugar, um tal de Alain Prost.

Senna e Prost pela última vez em cima do pódio
   Prost iniciou a temporada de 1993 com o título garantido, não precisou forçar coisa alguma, pois a Williams passou a utilizar uma aerodinâmica similar ao da McLaren, que era sua única vantagem no ano anterior, e dominou a temporada, ainda mais a frente das adversárias. Ainda assim Senna resolveu fechar sua última temporada na McLaren com chave de ouro, com o fraco motor Ford e um carro superado inclusive pela equipe Benetton, Senna venceu 5 corridas em 1993 e se consagrou vice-campeão naquele ano, o que foi para ele um título. Prost tetra-campeão anunciou a aposentadoria no final da temporada deixando como presente seu lugar na Williams para Ayrton Senna. Foi o último ano em que a Fórmula 1 viu os dois grandes pilotos vencerem na categoria.

A batida de Rubens Barrichello marca o início das tragédias em 1994 na Fórmula1

Roland Ratzenberger morre após forte colisão em Imola
As tragédias de 1994:   A maior categoria do automobilismo mundial vinha tomando um rumo não desejado pelos pilotos. Com a ampliação da categoria pelo mundo, a comercialização de produtos para fãs e o contrato que fazia que os pilotos corressem por sua equipe em todas as corridas da temporada, andava transformando o ciclo em um verdadeiro inferno. As disputas emocionantes tiradas no braço haviam dado espaço para carros eletrônicos e que exigia técnica e um mínimo de arrojo. Pilotos como Piquet, Mansell, Patrese e Prost decidiram deixar a categoria assim que tiveram a chance, e todos aconselharam Ayrton Senna a fazer o mesmo. O piloto brasileiro decidiu ficar, entusiasmado em sua nova equipe ele logo perdeu o sorriso ao saber da proibição da suspensão ativa naquele ano, grande ponto forte da equipe. Ainda assim era o favorito ao título, mas começou o ano de forma decepcionante ao abandonar as duas primeiras corridas. Na terceira em Imola viu o compatriota Rubens Barrichello sofrer um grave acidente no treino de sexta e seu velho amigo Roland Ratzenberger falecer em um acidente ainda mais forte no dia seguinte.

A incrível e assustadora cena da Williams de Ayrton Senna passando reto em uma curva veloz de Imola
    O clima nos boxes da Fórmula 1 era tenso e pilotos como Senna se negavam a correr, ainda abalados pelos acontecimentos do fim de semana. O pedido dos pilotos foi recusado, e para evitar quebra de contrato todos tiveram que correr a mais trágica de todas as corridas. Estava óbvio de que eram meros fantoches diante de um esporte que enriquecia a cada ano a custa de seus esforços e sacrifícios, prova disso era a segurança que não acompanhava a evolução dos carros. Na largada para o Grande Prêmio de San Marino um forte acidente causou a paralisação da corrida, na relargada Senna disparava a frente de Schumacher. Na segunda volta depois da bandeira verde, o piloto ainda abalado fez o que não havia feito em dez anos de carreira...errou uma curva. Um erro fatal, com consequências tristes, sua Williams passou reto na curva Tamburelo a mais de 300 km/h colidindo-se ao muro, uma peça da suspensão se soltou e atravessou o capacete do piloto acertando-lhe no rosto e lhe tirando a vida. A cena do piloto brasileiro girando a cabeça e deixando-a cair por cima dos ombros já apontava que ele estava sem vida. Talvez a morte mais trágica da Fórmula 1, pelo simples fato da vítima não querer correr.

A morte de Senna comoveu um país inteiro e o ciclo da Fórmula 1
   Depois disso nenhum outro piloto conseguiu se concentrar na corrida seguinte, em Monte Carlo onde quase ocorreu a morte de Karl Wendlinger, não eram mais só os pilotos que não queriam correr, era todo o público da categoria que suplicava por maiores medidas de segurança ou pelo fim da Fórmula 1. Seguiu-se a primeira opção e os carros seriam melhores equipados a partir do ano seguinte. Ninguém ligou para os pilotos Michael Schumacher e Damon Hill que disputaram o título até a última corrida, no fim ganho por Schumacher, estavam todos insatisfeitos com essa "nova" categoria.

Damon Hill, filho de Graham Hill foi campeão mundial em 1996
Uma nova era: Nem as mudanças na segurança dos carros fez o público da Fórmula 1 voltar a ser o que era. Agora a categoria era dominada por novos nomes como Michael Schumacher, Damon Hill, Jacques Villeneuve e Mika Hakkinen. Nenhum desses viria a ter o arrojo dos pilotos que formavam o grande quarteto anterior. Hill foi vice-campeão em 1994 e 1995 e campeão em 1996, todos esses anos correndo com a equipe Williams. A temporada na Arrows em 1997 marcou seu pior ano na Fórmula 1, nem a vitória na Jordan em 1998 e a boa temporada no ano seguinte lhe fizeram recuperar a boa fama de antes. O piloto inglês se aposentou no final da temporada de 1999.

Uma promessa frustrada, Jacques Villeneuve foi campeão em 1997
   Jacques Villeneuve foi vice-campeão na sua temporada de estreia em 1996 e campeão no ano seguinte, em 1998 foi mero coadjuvante. Em 1999 brigou com a equipe Williams onde correu os três anos anteriores e decidiu fundar seu próprio time, a BAR. Sem grande êxito em suas primeiras temporadas a equipe expulsou seu fundador em 2003 quando finalmente começava a crescer. Villeneuve correu como piloto reserva na Renault, assumindo a vaga de titular no fim de 2004 obtendo péssimos resultados. Em 2005 voltou a correr como piloto titular na equipe média Sauber, onde ficou até metade da temporada seguinte, deixou a equipe no meio do ano e fez de tudo para voltar a correr, sem êxito.

Mika Hakkinen foi bi-campeão mundial com a McLaren no fim dos anos 90
   Mika Hakkinen estreou na Fórmula 1 em 1991, correndo pela Lotus, pouco antes dessa fechar em 1994. Em 1993 foi piloto de testes e fez algumas corridas pela McLaren, assumindo a vaga de piloto definitivo no ano seguinte. Obteve sua primeira vitória no Grande Prêmio da Europa de 1997. Sendo campeão em 1998 com os inovadores pneus bridgestones. Em 1999 foi bi-campeão se aproveitando do forte acidente de seu maior adversário Michael Schumacher, em que esse quebrou a perna direita. Mas foi superado por Schumacher em 2000, ano em que foi vice-campeão. Em 2001 teve várias quebras e aposentou no final da temporada com apenas 33 anos.

Com 7 títulos mundiais Michael Schumacher é o maior recordista da Fórmula 1
    Michael Schumacher passou a ser o novo queridinho da Fórmula 1. Após uma estreia fraca no meio da temporada de 1991 ele foi o destaque em 1992 e 1993 andando entre os campeões da época. Em 1994 ainda pela Benetton se consagrou campeão mundial, repetiu o título na temporada seguinte. Em 1996 foi para a Ferrari que não era campeã de pilotos desde 1979. Ficou fora do título em 1996, foi desclassificado em 1997, vice-campeão em 1998 e quebrou a perna no meio da temporada de 1999. Em 2000 deu a volta por cima, com o novo carro da Ferrari e muito mais maduro depois do acidente, superou as poderosas McLaren-Mercedes da época sendo tri-campeão em 2000 e tetra em 2001. Em 2002 superou o recorde de vitórias de Alain Prost, venceu 11 corridas e repetiu o título também nos dois anos seguintes, se tornando o maior vencedor e campeão da categoria. Em 2005 foi finalmente superado pelos jovens Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. Disputou seu último título pela Ferrari em 2006, quando perdeu para Alonso. Decidiu encerrar a carreira no fim daquele ano. Mas voltou a correr em 2010 pela equipe Mercedes. Está entre os principais pilotos do automobilismo mundial. Paciência e técnica são seus pontos fortes.
   Muitos pilotos venceram corridas no período entre 1995 e 2004 sem se consagrarem campões. Alguns deles merecem destaque como Heinz-Harald Frentzen vice-campeão em 1997, disputou o título em 1999. Juan Pablo Montoya, conhecido por seu arrojo disputou o título de 2003 pela Williams, David Coulthard, vencedor de 13 Grandes Prêmios correndo pela Williams e McLaren, Ralf Schumacher irmão de Michael, que venceu seis corridas pela Williams e o brasileiro duas vezes vice-campeão Rubens Barrichello são destaques desse período.

Fernando Alonso e a equipe Renault, bi-campeões mundiais
Campeonatos emocionantes: Mudando a cada ano e inovando tecnologicamente a Fórmula 1 chegou ao auge da aerodinâmica em seus carros no fim da década de 2000. Em 2005 e 2006 Fernando Alonso e sua Renault, que voltou a categoria em 2002 depois de ser banida em 1985, foram bi-campeões mundiais superando em 2006 ninguém menos que Michael Schumacher e sua poderosa Ferrari. A equipe italiana voltaria ao título no ano seguinte, depois do escândalo envolvendo a poderosa equipe McLaren e seus pilotos, o bi-campeão Fernando Alonso e o estreante Lewis Hamilton, além do dono da equipe Ron Dennis por permitirem a espionagem dentro da equipe. A McLaren perdeu seus pontos no campeonato de construtores, mas seu pilotos mantiveram sua pontuação. Ainda assim Kimi Raikkonen da Ferrari venceu o campeonato aquele ano terminando 1 ponto a frente de ambos.

Os carros se tornaram verdadeiras naves na temporada de 2008
   Em 2008 a Fórmula 1 perdeu o controle de tração e as equipes tiveram de evoluir ainda mais aerodinamicamente transformando seus carros em verdadeiras "naves de rodas". A McLaren deu o troco na Ferrari vencendo o campeonato com Lewis Hamilton, terminando apenas 1 ponto a frente de Felipe Massa da Ferrari. Mas nenhuma das duas equipes brigaria pelo título no ano seguinte. A Fórmula 1 mudou radicalmente a aerodinâmica de seus carros e as principais equipes de 2008 tentaram inovar em 2009 com o dispositivo batizado de kers que garantia ao piloto, quando acionado, um grande ganho de potência. O dispositivo se mostrou caro, e por seu peso acabou mais prejudicando do que ajudando as equipes que o utilizavam. A temporada foi dominada pelo inglês Jenson Button na equipe novata Brawn-GP que tinha o polêmico difusor duplo como ponto forte.

O atual campeão mundial de Fórmula1 Sebastian Vettel
   Button foi para a McLaren em 2010, onde corre ao lado do campeão de 2008 Lewis Hamilton. No mesmo ano, Fernando Alonso estreou na Ferrari e prometia brigas incessantes com os pilotos da equipe inglesa. Porém nenhum deles foi campeão aquele ano. A equipe Red Bull surgiu como ponto forte de 2010 tendo como arma o grande projetista Adrian Newey consagrou o jovem alemão Sebastian Vettel o campeão mais jovem da categoria em um dos campeonatos mais acirrados da história.
   Naquele ano, 5 pilotos lideraram o campeonato mundial por mais de uma corrida. Na última corrida Fernando Alonso era o grande favorito, mas terminou a última corrida apenas em sétimo, com a vitória, Vettel que até então não havia liderado o campeonato se consagrou campeão, dois pontos a frente do piloto espanhol. Vettel e Red Bull dominaram a temporada de 2011, se consagrando bi-campeões mundiais.
   De tantas imagens que se pode ter da Fórmula 1 eu decido escolher uma que não ocorreu nas pistas e sim em uma pausa no esporte sendo citada por aquele que é considerado como o maior piloto da história. Espero que gostem.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Troca de Óleo e Filtros


Quando devo trocar o óleo lubrificante de meu veículo e que tipo de óleo devo usar?

Esta é uma das perguntas mais freqüentes de proprietários de veículos.
A troca do lubrificante deve sempre seguir a recomendação do fabricante do veículo. No manual do veículo a pessoa encontra o intervalo de troca,bem como o tipo de lubrificante a ser usado.

Geralmente o fabricante especifica o tipo de lubrificante pela classificação denominada API (norma americana) ou ACEA (norma européia) juntamente com a classificação da Viscosidade requerida para o automóvel.
Tendo conhecimento do óleo lubrificante recomendado, é possível efetuar a troca em uma troca de óleo especializada ou posto de gasolina.
Recomenda-se sempre o uso de lubrificantes de marcas renomadas e homologadas dentro das especificações do fabricante.


Quais filtros devo substituir quando for trocar o óleo de meu carro ?

A maioria dos carros modernos possui 4 filtros .São eles :

- Filtro de Óleo 

É recomendado a troca do filtro de óleo, toda as vezes que se trocar o óleo do motor, pois os aditivos detergentes do lubrificante, contém as sujeiras que iriam se fixar no motor, porém as sujeiras maiores ficam retidas no filtro de óleo.
Para evitar que o ocorra o entupimento do filtro, o que ocasionaria sérios danos ao motor recomenda-se a troca do filtro a cada troca de óleo.


- Filtro de Ar do motor 

O filtros de ar é fundamental porque o ar aspirado pelo motor contém partículas de poeira, umidade, poluentes entre outros. Para garantir sempre a qualidade do ar que entra no motor e obter um melhor rendimento com maior proteção das partes móveis do seu interior, é necessário trocar o filtro de ar periodicamente, conforme recomenda o manual do veículo, em geral de cada 15 a 20 mil km.
Um filtro de ar em mau estado, aumenta o consumo de combustível .


- Filtro de Combustível 

Sua função é filtrar as substâncias que danificam os componentes do sistema de combustível, tais como a bomba injetora. O rompimento do filtro pode provocar o entupimento ou desgaste prematuro, prejudicando o sistema de injeção eletrônica ou o carburador.
A verificação deste item em veículos carburados deve ser feita entre 8 e 15 mil km e para os veículos com injeção direta, entre 15 e 40 mil km, conforme a recomendação do fabricante.
Os filtros de gasolina e álcool dividem-se entre filtros para motores carburados e filtros para motores com injeção eletrônica.
Já os filtros para diesel são construídos com um papel especial, que evita a passagem de contaminantes. As partes de metal devem ser tratadas contra oxidação causada pelo enxofre presente no diesel. Em alguns casos, possuem um reservatório que separa a água do óleo diesel drenado. Os filtros diesel podem ser de lã, de cartucho de papel ou do tipo blindado.


- Filtro de Ar condicionado ou Filtro de cabine

A quantidade de partículas suspensas no ar que respiramos (poluição) é muito grande, principalmente quando estamos em um engarrafamento. O filtro de cabine serve para reter as partículas de poeira antes que elas entrem na cabine do veículo e depois em nossos pulmões. Ele precisa ser trocado periodicamente pois perde eficiência quando fica saturado podendo, em casos extremos, bloquear quase totalmente a ventilação do carro.
É recomendado a troca deste filtro em um intervalo de 6 meses a 1 ano , dependendo muito das condições de uso do veiculo, ou seja se este veiculo circula em uma área de alta concentração de poluição ou poeira, como o trânsito das grandes cidades ou estradas de terra.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Saiba como cuidar da pintura do seu veículo



Um dos maiores responsáveis por este problema é o sol, mas existem outros fatores que danificam a pintura, como a seiva que escorre de uma árvore, dejetos de pássaros, lavagens utilizando solventes, e o sal.

Nos carros com pintura sólida o problema aparece rápido, já que esta é a base de pigmentos orgânicos que sofrem com a exposição ao calor e luminosidade do sol.

É o caso dos carros vermelhos e amarelos, que apresentam diferença de coloração se ficarem muito expostos ao sol.

Quando a pintura fica opaca, somente ajuda profissional pode recuperar a cor e o brilho. O procedimento utiliza abrasivos para fazer o polimento e tirar manchas e riscos. O preço pelo serviço de polimento profissional parte de R$ 200 e aumenta conforme o tamanho do veículo. No entanto, polir também é prejudicial visto que cada polimento retira uma camada de verniz e deixa a pintura mais exposta, o desgaste só é resolvido com uma pintura nova.

Prevenção:

Manter o veículo limpo é a melhor maneira de prevenir o desgaste da pintura. Mas lavar o veículo exige cuidados como: utilizar elementos neutros, seja xampu, detergente ou sabão, para tirar a sujeira.

Além da lavagem constante, é recomendável fazer a proteção com cera. Esta deverá ser livre de abrasivos, o uso de polidor também deve ser evitado.

Uma boa opção é cera cristalizadora, esta tem uma camada de proteção maior contra raios ultravioletas e adere melhor à pintura. Desta forma tem tempo de vida útil maior do que a ceras comuns, chega a durar de quatro a seis meses, enquanto a comum, de dois a três meses. 

Veja as dicas para conservar a pintura do seu veículo: 

1-Lave o seu carro uma vez por semana ou quando ‘pegar’ poeira ou barro, após chuvas e principalmente após a praia, pois a maresia acaba com a pintura;

2-O carro deve ser lavado à sombra para evitar que os raios solares em conjunto com os produtos químicos utilizados causem manchas na lataria;

3-Antes de lavar o carro, verifique se não há partículas sólidas como, por exemplo, grãos de areia sobre a lataria;

4-Antes de aplicar o sabão lave o carro apenas com água;

5-Utilize água com baixa pressão, pois a presença de partículas de areia, poeira podem arranhar a lataria;

6-Utilize algodão prensado para polimento para enxugar o carro;

7-Jamais utilize detergente de cozinha, querosene ou solvente para lavar o carro;

8-O produto adequado para a lavagem do carro é um xampu específico para automóveis;

9-Nunca deixe o veículo molhado, seque muito bem a lataria para evitar manchas;

10-Realize o polimento da pintura a cada seis meses;

11-Aplique preferencialmente cera cristalizadora com estopa uma vez por mês;

12-Após a aplicação da cera, dê o brilho com uma flanela, sempre com movimentos circulares;

13-A cera não deve secar na lataria por muito tempo, por isso, aplique aos poucos em pequenas quantidades;

14-Se possível de 6 em 6 meses faça uma cristalização que é a aplicação de uma espécie de cera cristalizadora porém feito através de máquinas próprias para isso;

15-Ao abastecer o carro, verifique se a gasolina não respingou na lataria, pois isso com certeza manchará a pintura. Se pingar, lave imediatamente;

16-Caso o carro fique estacionado por muito tempo (dias), cubra-o com uma capa para evitar a exposição ao sol, poeira, vento e chuva.

Biela



Biela do motor; a biela do motor é o componente responsável por transmitir a força recebida pelo pistão e repassar à árvore de manivelas ou virabrequim.

Com a exclusiva função de inverter o sentido de movimento, pois ligada ao pistão através de um pino a biela sobe e desce e ligada ao virabrequim, preso com uma capa entre bronzinas, a biela transmite a força em forma de movimento rotativo ou circular. Geralmente feita de aço forjado a biela assume determinadas formas e tamanhos diferentes conforme o tipo e configuração de cada motor.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Nürburgring - O "inferno verde" Parte 3


O Nordschleife.

Saindo da linha de partida, segue-se rápido para o “S” da Haug-Haken, mas ali era tomado uma curva em retorno, a “antiga Dunlop”, levando a uma reta paralela, no sentido oposto, até a tomada a esquerda, em direção a “Hatzenback”, em uma sequência de direitas e esquerdas rápidas até a “Hocheichen”, mais fechada. Daí uma reta em subida até a rápida direita “Flugplatz” e mais um trecho longo, o “Kotteborn”, terminando com uma esquerda suave – a “Schwedenkreuz” e em seguida chega-se a freada forte da “Arenburg”, tomada à direita. Segue-se outro trecho longo, quase reto, até a sequência com esquerda e direita da “Adenauer Forst”. Segue a reta que leva a longa esquerda “Metgesfeld”, onde chega- se rápido à freada da “Spiegel”, para a esquerda e em seguida a “Kallenhard”, para a direita, iniciando o primeiro dos dois trechos mais lentos e sinuosos do circuito.

Seguindo para a “Drei-Fach Rechts, uma direita em descida que levava a um grampo forte, para a esquerda que era a “Wehrseifen”, de onde se saia para uma sequência de esquerda e direita, a “Breidssheid” e a “Ex-Mühle”. A partir deste ponto, volta-se a andar mais tempo de pé em baixo, com uma reta que leva a forte direita da “Bergwerk”. A saida da curva leva para uma sequência de duas esquerdas rápidas, sendo a última a “Kesseichen”, que invertia para uma rápida direita e em seguida a rápida “Mutkurve”, a esquerda, que iniciava uma nova sequência de curvas mais lentas, como a “Klostertal”, para a direita e a famosa “Karussell”, um hairpin para a esquerda.
A saída da “Karussell” permitia uma aceleração forte, levando a “Hohe Acth”, uma freada forte e a curva para a direita levava a uma sequência de 5 curvas com um bom bending, mas sem permitir uma velocidade exagerada. Eram a “Hedwigs Höhe”, a “Wippermann”, ambas à direita, a “Eichbach”, para a esquerda, as duas pernas para a direita da “Brünnchen” e em seguida a esquerda da “Eiskurve”. A saída da curva dava início a uma rápida sequência de curvas rápidas, as três “Pflanzgarten”, intercaladas pela “Sprunghügel”.
Esta sequência terminava em duas esquerdas lentas, a “Schwalbenschwanz” e a “Kleine-Karussell”, saindo para tomar a direita em subida da “Galgenkopf”. Daí se seguia uma reta imensa, com subidas e descidas nas dobras das colinas da região, desde a “Döttinger Höhe, passando pela “Tiergarten” até a chicane “Hohenrain” que era a última curva antes de trazer de volta a reta dos boxes.

Dez anos de escuridão. 

A última prova corrida em Nürburgring antes da II Guerra Mundial foi GP da Alemanha, vencido pela última vez por Rudolf Caracciola. Depois disso, outras atividades menos honrosas tomaram o local.

Ao invés de carros de corrida, colunas de blindados trafegaram regularmente por diversos trechos do circuito. No final da guerra, algumas destas colunas foram inclusive bombardeadas ainda em território alemão. Ao final da guerra, o circuito estava em péssimo estado e sem nenhuma condição de uso.

Com auxilio do governo Francês, o Südschleife começou a ser recuperado em maio de 1947. Iniciando-se a reforma na reta de chegada. Algumas pequenas alterações foram feitas, com a inclinação de algumas curvas e uma nova pavimentação em todo o circuito.

Em agosto do mesmo ano, aconteceu um festival com provas de motocicletas. Nove corridas foram realizadas e com os ingressos custando 5 marcos alemães, cerca de 80 mil pessoas compareceram a reinauguração do Südschleife.

Recuperar o Nordschleife seria mais complicado, não apenas devido a extensão do circuito, mas por este ter sofrido danos maiores. A reforma do circuito, que teve verbas do esforço de reconstrução pós guerra, só foi concluída em fins de 1949. Foi nesta reconstrução que a curva do Carrossel recebeu em seu contorno interno uma cobertura com placas de concreto, devido as rachaduras que apareciam frequentemente no local.

As corridas voltaram a ocorrer regularmente a partir de 1950, inicialmente usando o Südschleife, mas quando da criação do Campeonato Mundial de Fórmula 1, Nürburgring e a Alemanha ficaram de fora da primeira temporada. Contudo, em 1951 o campeonato chegava ao país e o Nordschleife havia sido escolhido para sediar oficialmente o GP do país.

Os anos de ouro de Nürburgring. 

Após sua entrada no circuito da Fórmula 1, Nürburgring entrou em sua fase áurea, sendo o palco das provas mais exigentes do campeonato, pelo grau de dificuldade imposto aos seu competidores.
A volta a atividade de Nürburgring trouxe diversas categorias para os seus domínios. Além do automobilismo local, provas de endurance e a Fórmula 2 eram desafio para os pilotos que se aventuravam entre aquelas árvores.

Para sempre. 

Com a total desativação do Südschleife, com muitos trechos passando a fazer parte em definitivo da malha rodoviária da região, foi feito, aproveitando a área da reta de largada e dos antigos boxes onde foram feitos os novos boxes e todo um novo circuito foi construído, dentro dos mais rígidos padrões de segurança da Fórmula 1 moderna e que recebeu o nome do tradicional circuito. Mesmo sendo dono de um traçado interessante, com subidas, descidas, curvas desafiadoras (para os padrões atuais), nem de longe tem a mística do histórico circuito.
A parte antiga, preservada, hoje com pouco mais de 20 Km, voltou depois de um certo tempo a ser aberta para o público que, pagando 25 euros, pode dar uma volta no Nordschleife.
Os fãs, os saudosistas e os – digamos – puristas do automobilismo histórico fazem suas peregrinações e realizam eventos neste templo da velocidade que jamais será esquecido. Contudo, o Museu do circuito praticamente despreza a histórica existência do “Südschleife”, algo que os historiadores e os
espíritos da floresta jamais permitirão acontecer!

Nürburgring - O "inferno verde" Parte 2


O Südschleife. 

Na parte sul do circuito, após o “S”, mergulha-se em decida em direção a ponte no “Südkehre”. Após esta, a pista continua descendo para um vale, em uma sequência de curvas sinuosas à direita e à esquerda até chegar na “Brankekopf”. Em seguida, há uma sequência de curvas suaves até uma pequena reta, que leva a uma curva de alta à direita, a “Aschenschlag”, que dá numa nova reta, esta terminando numa curva suave para a esquerda, a “Kink”. Após este trecho, chega-se a “Seifgen”, uma sequência de direitas e esquerdas combinadas onde a perna à esquerda leva a reta que termina na “Blocksberg”, uma curva rápida à direita onde alguns graves acidentes aconteceram. Ali era o ponto mais ao sul do circuito.

Após a “Blocksberg”, o traçado segue à direita, passando fora da vila de Mullenbach, com uma curva em 90º que leva o nome do local. Depois de tanta descida, é hora de subir até a “Rassruck” através da floresta. Esta subida leva a uma curva que é quase um hairpin, a “Scharfer-kopf”, para a direita. Após uma esquerda rápida, segue-se uma longa reta que leva para a parte norte do circuito, passando paralelamente a reta de partida. Para completar o que seria o Südschleife, contorna-se a curva para a direita, quase em hairpin, que se faz após a curva para a esquerda que leva ao Nordschleife, chamada “Betonkehre”, que trás de volta a linha de partida e completa os 7.747 metros da volta.
O Südschleife sempre foi subutilizado se comparado ao Nordschleife. Para isso, não faltam razões. Como o Nordschleife era destinado às provas internacionais e a Alemanha estava em franca campanha para se reafirmar diante da Europa e do mundo, especialmente nos anos 30, uma das formas de se buscar o prestígio era mostrar o maior e mais desafiador circuito do mundo e – claro – a força da indústria automotiva alemã. Em eventos como os Grandes Prêmios, o público superava facilmente o assombroso número de 200 mil espectadores.

Mas o Südschleife não ficara inteiramente esquecido. Embora as corridas usando seu traçado não fossem tão frequentes, elas aconteciam e com a melhoria da interligação entre as duas partes do circuito, algumas provas ocorreram usando-se os mais 28 Km de extensão. Uma outra interligação chegou a ser construída, a “Stichtrasse”, passando próxima a uma ponte de pedestres, próxima a ponte no “Südkehre”, mas este trecho nunca foi utilizado para provas oficiais.

As corridas antes da II Guerra Mundial. 

Em 1927 foi corrido – pela primeira vez – o Grand Prix germânico no novíssimo e desafiante circuito. No ano anterior a prova havia sido disputada em AVUS, mas isto não mudou o domínio da alemã Mercedes Benz sobre a concorrência. Otto Merz venceu sem maiores problemas a prova disputada no circuito completo, envolvendo as partes sul e norte.
No ano seguinte, o domínio alemão continuou, com Rudolf Caracciola vencendo a primeira de suas 5 provas (esta ao lado de Christian Werner), fazendo do alemão o maior vencedor da história do circuito.

A primeira das poucas derrotas germânicas só ocorreu em 1929, com Louis Chiron vencendo ao volante de seu Bugatti.

Em 1930 e 1933 não houve o Grand Prix da Alemanha, mas a partir de 1931, as provas passaram a ser disputadas apenas no Nordschleife.
 

Nürburgring - O "inferno verde" Parte 1

No quadro em uma das alas do museu de Nürburg, em branco, o desenho do Nordschleife, em vermelho, o Südschleife. 

A Alemanha é um dos berços do esporte a motor, isso ninguém questiona. Desde o início do século passado, a popularidade das competições envolvendo carros, tanto que foi lá que surgiu o embrião do primeiro campeonato: o “Kaiserpreis”, que reunia um número de provas.

Talvez como resultado do aparente sucesso de um circuito construído para corridas como foi o caso de Brooklands, na Inglaterra, e que os alemães utilizaram para fazer testes com seus carros, os nacionalistas exigiam a criação de um circuito permanente no país.

Em 1907 Avus já era uma idéia, mas não uma realidade e a I Guerra Mundial acabou por adiar até o início da década de 20 o início das competições e testes no desafiante circuito que usava uma das “autobahns” como traçado.
Contudo, além do veloz Avus, um outro desafio iria surgir... em 1925, Dr. Otto Creuz, membro do conselho do distrito de Eifel propôs a criação de um circuito utilizando em parte as estradas próximas a cidade de Nürburg e também a construção de outras estradas na região. Em abril daquele ano a moção foi aprovada e submetida à ADAC, órgão do governo alemão que regulamentava o esporte a motor no país.

Konrad Adenauer, prefeito de Colônia que veio a ser chanceler alemão, encampou o projeto e trabalhou firmemente junto ao governo para que o projeto saísse do papel. Ele tinha seus próprios interesses, uma vez que a região passava por uma recessão econômica e os benefícios que seriam gerados com a criação de empregos para a construção e adequação das estradas, beneficiariam em muito a sua administração. Ainda em junho daquele ano, o governo destinou 14,1 milhões de marcos para a execução do projeto.
A imensa obra teve início em fins de setembro de 1925, depois de um acirrado debate de onde as obras iniciariam, uma vez que o planejamento fora dividido em dois setores: o Sul e o norte. Como muitos livros e registros foram queimados durante o governo nazista, existe uma grande falta de informações a respeito de como se deu esta discussão, contudo, os registros existentes apontam para a execução da parte sul, o Südschleife, como tendo sido o início no nascimento do mítico Nürburgring, sendo este setor, o mais antigo do circuito. Apenas após quase dois terços do setor sul estar pronto, foi que passou-se a trabalhar mais firmemente no setor norte, o Nordschleife. Não há registros precisos, mas estima-se que mais de três mil pessoas trabalharam na construção do circuito.
A constução do circuito foi concluída na primavera de 1927, num esforço e velocidade estupendos. A prova inaugural ocorreu no final de semana de 18 e 19 de junho, utilizando o circuito completo. As duas partes tinham, juntas, 28.265 metros (17,5 milhas), sendo o Südschleife, a menor parte, com 7,747 quilômetros (4,8 milhas), inicialmente destinado mais as corridas dos automóveis clubes e aos testes de velocidade e resistência, enquanto o Nordschleife, com 22.835 quilômetros (14,2 milhas) era, a princípio, destinado as provas internacionais. Não pensem que eu desaprendi matemática se ao somar as duas partes der um resultado diferente do que seria o “Gasamstrecke”, o circuito completo. Algumas partes, como as retas oposta e dos boxes, faziam parte dos dois traçados. Uma difícil característica de Nürburgring era a sua largura de pista. Se na reta ela chegava a 20 metros, o sinuoso traçado tinha entre 6,7 e 8,2 metros. O paddock tinha 70 boxes fechados e também foi construída uma torre – a continental tower – utilizada pela cronometragem e direção de prova.
Contudo, nos primeiros anos, as provas foram realizadas no circuito completo, com os mais de 28 Km de extensão. A primeira vez que realizou-se uma prova com apenas uma das partes foi em maio de 1928, na Eifelrennen, onde na corrida final, carros e motos largaram juntos – uma cena rara na época e irrealizável nos dias de hoje – utilizando o Südschleife. Algumas semanas depois, durante uma prova de 220 milhas, foi estabelecido um recorde que demorou a ser batido para os quase 8 Km do Südschleife: 5:00:06.

Nürburgring tem ainda hoje duas particularidades que o tornam um circuito ímpar: uma é a fama desalentadora de ter ceifado diversas vidas durante seu tempo de utilização efetiva, especialmente o Nordschleife, embora o acidente mais famoso tenha sido um sem mortes, o que envolveu Niki Lauda em 1976. A segunda é a de ter sido palco de algumas corridas que são chamadas de “a maior corrida de todos os tempos”, claro que sob os olhos de quem assim as chama.
A reta dos boxes, onde eram dadas as largadas para qualquer dos traçados utilizados tinha pouco mais de 500 metros de comprimento, por 20 de largura. Em sentido horário, ao final desta reta fazia-se um “S” com a primeira perna para a esquerda, praticamente em 90º, se fosse seguir pelo Südschleife, ou um “hairpin” para a direita se fosse seguir para o Nordschleife.

Pontiac GTO

Pontiac GTO 1966

Até a chegada do GTO, a divisão da GM chamada Pontiac era apenas o segundo degrau na escala de status entre as marcas da casa, situada entre Chevrolet e Oldsmobile. Graças a uma equipe de apaixonados por carros, a marca só desabrocharia nos anos 60. Filho de um ex-presidente da GM, Semon “Bunkie” Knudsen havia assumido a divisão em 1956. Ele queria fazer do desempenho o diferencial da Pontiac e contava com dois aliados, o engenheiro-chefe Elliott “Pete” Estes e seu então assistente John De Lorean.

Aderindo ao apelo de marketing “vença no domingo, venda na segunda”, a Pontiac faturou 30 de 52 provas da Nascar em 1961 e 22 das 53 em 1962. Virou a terceira marca mais vendida, atrás de Chevrolet e Ford. Quando a GM se retirou das corridas, em 1963, Elliott Estes já era o novo presidente, mas manteve a filosofia do antecessor. Após o compacto Tempest reagir bem a grandes V8, a Pontiac promoveu-o em 1964, criando o pacote de equipamentos GTO. Seu V8 de 6,4 litros produzia 325 cv brutos com um carburador de corpo quádruplo ou 348 cv com três de corpo duplo, ambas configurações com 59 mkgf de torque. Suspensão, embreagem e freios eram reforçados. Os bancos dianteiros eram individuais, e o escapamento, duplo. As 5 000 unidades previstas não deram conta. Ao fim daquele ano, venderam 32 450 unidades do GTO, nas versões cupê (com ou sem colunas centrais) e conversível. Nascia o fenômeno dos muscle cars (carros musculosos).
Pontiac GTO 1965

A força do GTO estava na aceleração. Em 1965, quando a revista Car Life testou a versão de 360 cv, o Pontiac foi de 0 a 96 km/h em 5,8 s, mas não passou de 184 km/h. Os faróis duplos já eram dispostos verticalmente. Começaram a surgir rivais como o Chevrolet Chevelle SS-396, Plymouth Road Runner, Dodge Super Bee e Charger Daytona. Para 1966, o GTO deixou de ser versão e virou modelo próprio, com 96 946 unidades vendidas, recorde entre os muscle cars.

É de 1967 o GTO hardtop fotografado. A direção responde com lentidão, exigindo cerca de cinco voltas em manobras fechadas. “Qualquer desvio pode fazer você cruzar os braços”, diz Delso Calascibetta, gerente de vendas da Private Collections, loja paulista onde o GTO estava à venda. O motor de 400 pol3 (6,5 litros) e 335 cv parece um baixo tocado em ritmo acelerado de bateria, uma prévia do temperamento do GTO. Sobram torque e potência, o que cobra habilidade do motorista. Nas curvas a tendência é sair forte de traseira, porque a suspensão é mais rígida atrás.
Pontiac GTO 1968

O novo visual de 1968 oferecia faróis escondidos por um prolongamento opcional da grade, para-choque dianteiro da cor do carro, traseira fastback e lanternas embutidas no para-choque. O V8 de série rendia 350 cv, mas havia opções de 265 e 360 cv. No ano seguinte, era a vez de o GTO ganhar o pacote The Judge (o juiz). Ele incluía faróis expostos, aerofólio e grafismos. Seu motor Ram Air produzia até 370 cv.

Pontiac GTO 1970
Na linha 1970 os faróis duplos voltaram a ficar aparentes e os para-lamas ganharam ressaltos em forma de lanças. O início da nova década trouxe grande alta no preço dos seguros dos esportivos e na preocupação com segurança e com emissões de poluentes. Os muscle cars perdiam vigor e, assim, sua razão de ser. Em 1972 o GTO passou a ser uma versão do Pontiac LeMans, que duraria até 1974. Mais que o fim do maior símbolo de um segmento, foi o fim da era de ouro. Tanto de Detroit quanto da Pontiac.


Como funciona o nitro?


Ao contrário do que muitos pensam, o nitro não explode, não é feito de nitroglicerina e não é o mesmo que o nitrometano, entre outras suposições que o senso comum possa julgar equivalentes. Ele é o gás de fórmula química N20, que fica armazenado dentro de um cilindro, normalmente instalado no porta-malas.

O conhecido nitro pode ser vendido em forma de kit ou em peças separadas. Geralmente o kit básico acompanha: um cilindro, solenoides  mangueiras, bicos injetores (foggers) e peças para acabamento. A parte mais aparente é o cilindro, no qual se pode adotar diferentes cores e tamanhos, dependendo de sua aplicação ou marca.

As marcas de kits de óxido nitroso mais conhecidas são: NOS, NX (Nitrous Express), Vennon e ZEX. Cada qual com sua cor de cilindro padrão, exemplo: NOS (Azul), NX (Branco/Cinza), Vennon (Preto), ZEX (Roxo), Powertech (Azul, Cromado).

O princípio de funcionamento é relativamente simples. O nitro aumenta a potência por 3 processos, um químico e 2 físico-químicos. O primeiro, e principal, por fornecer comburente e combustível para a queima, já que a potência do motor é diretamente proporcional à quantidade (massa) de mistura comburente+combustível que entra nos cilindros do motor. A segunda, ao aumentar a quantidade de ar admitido, ao resfriar o sistema de admissão do motor. A terceira, e última, por resfriar os cilindros, o que permite maior margem de compromisso para o acerto.

No instante em que o óxido nitroso sai do cilindro, expelido pelo fogger, passando de um meio de alta pressão (cilindro) para um de baixa pressão (em geral próxima à atmosférica), o gás sofre uma rápida expansão. Isto faz com que o nitro resfrie significativamente (o que é explicado pela teoria dos gases). Como o gás é expelido, em geral, no sistema de admissão do veículo, tal sistema torna-se extremamente frio. Isto por si faz com que o ar que está sendo admitido pelo motor se adense (quanto mais baixa for a temperatura de um gás, mais denso ele fica, consequentemente, menor o seu volume). Desta forma, é possível aumentar a quantidade de combustível e oxigênio enviada a cada cilindro, provocando uma explosão muito maior dentro da cada câmara de combustão do motor., aumentando a quantidade de ar admitido em geral - um dos benefícios secundários do nitro. Isto aumenta a quantidade de oxigênio (e, impelido pelo fogger, combustível extra) enviado a cada cilindro, o que fornece um acréscimo de cerca de 10 a 20% do acréscimo de potência.

Numa segunda etapa, a mistura de ar + nitrox + combustível entra nos cilindros do motor. Como os cilindros trabalham em alta temperatura e pressão (em geral acima dos 400°C e acima dos 100bar), a molécula de N2O, num processo químico, se dissocia em moléculas de N2 (nitrogênio) e O2 (oxigênio). O oxigênio dissociado do óxido nitroso soma-se ao oxigênio admitido no ar, formando a massa total de comburente que será utilizada para a queima. Combustível adicional já está presente nos cilindros, uma vez que o fogger já tem a função de injetar mais combustível, juntamente com o óxido nitroso, na proporção correta do acréscimo de comburente+combustível. Esta é a forma principal de ganho de potência proporcionada pelo nitro, que gera cerca de 70 a 80% do acréscimo de potência gerado.

O nitrogênio resultante da dissociação do óxido nitroso permanece inerte no cilindro durante a queima, porém reduzindo muito significativamente a temperatura interna dos cilindros, o que permite ao mesmo tempo maior segurança e melhores possibilidades para o acréscimo de potência. Isto porque ocorre grande aumento de massa admitida e da queima, gerando maiores pressões e temperatura interna dos cilindros, o que exigiria maiores alterações na estrutura do motor e do acerto, no sentido de conter o aumento de temperatura e a compressão interna do motor - e o nitrogênio compensa isso ao resfriar os cilindros. O nitrogênio, resfriando os cilindros, atua como um agente regulador, complementando acréscimo de potência.

Existem outros sistemas de injeção de gases diversos na admissão de veículos. Mas as vantagens do N2O sobre outros sistemas de injeção de gases são enormes. Por exemplo, nos sistemas de injeção de CO2, ocorrem apenas os ganhos proporcionados pela primeira e pela terceira etapas. Em relação à injeção de O2, oxigênio puro, existem 2 problemas principais deste sistema: o primeiro, porque o oxigênio puro aquece enormemente as câmaras de combustão, já que não existe agente regulador de temperatura (nitrogênio) e, o segundo, porque é extremamente perigoso carregar oxigênio puro no interior de um veículo. O óxido nitroso, apesar de fornecer comburente (oxigênio), ele NÃO é um comburente por si, e só o faz uma vez dentro das câmaras de combustão. Portanto, ele é inerte em condições de temperatura e pressão ambientes. Em caso de vazamento ou acidente com o cilindro, mangueiras, ou mesmo falha do fogger, o kit nitro não oferece qualquer risco. Já no caso de um cilindro de oxigênio, os riscos são muito grandes e significativos pois, uma vez em contato com o ar dentro do cofre do motor, basta apenas uma pequena fagulha elétrica e/ou vapor de óleo ou combustível para se iniciar um incêndio - e ainda oferece ganhos pequenos, a ponto de o inviabilizar, em se comparando seu uso frente ao do nitro.

Resumindo, o aumento da potência proporcionado pelo nitro se deve a três fatores: 1) resfriamento abrupto da mistura admitida, o que aumenta a massa de mistura na câmara de combustão 2) combustível e mais comburente (oxigênio) nos cilindros 3) resfriamento das câmaras de combustão do motor (nitrogênio).

Esse aumento de potência pode assumir valores superiores a 100% (mais que o dobro da potência original), dependendo do motor e da regulagem do nitro (quantidade e nitro e combustível injetados pelo fogger). Como medida de segurança para carros originais, aconselha-se a utilizar apenas 40% a mais de potência (em relação a potência original do carro), o que ajuda a preservar a durabilidade e a vida útil do motor, câmbio, embreagem e demais peças mecânicas.

Uma vez sabendo seu funcionamento, pode-se entender como é instalado no carro. O nitro armazenado num cilindro. Quando é necessário mais potência, aperta-se um botão ou vira-se uma chave no painel do carro. Nesse instante, duas válvulas eletro-magnéticas (tecnicamente chamadas de solenoides  entram em ação: uma delas libera o nitro do cilindro, que dispara por uma mangueira até ao motor, e a outra, libera combustível, que vai até o motor por outra mangueira.

Tanto o nitro quanto o combustível (no caso de injeção eletrônica , entram no motor através de um bico injetor especial, o fogger. Cada um com suas características especiais.

A quantidade de foggers que é instalada no motor está relacionada com a quantidade de potência que será aumentada. Tomando como exemplo o motor 1.6 família 1 do corsa que tem quatro cilindros, pode-se colocar somente um na entrada da injeção eletrônica (antes do corpo da borboleta). Ou quatro no coletor de admissão, que vêm depois da injeção eletrônica. Essa é uma preparação bem mais forte.

A grande vantagem do nitro é que você só usa quando quer. Seu carro pode ser totalmente original e receber um kit de nitro. Enquanto você não usá-lo, o comportamento do carro é o mesmo de quando saiu da fábrica - claro, se você não tiver outras preparações junto, como o turbo - mas ao necessitar de mais potência. é só "chamar o nitro" e segurar firme o volante. Sabendo usar, a durabilidade do motor é maior em relação ao turbo. A desvantagem é que o nitro não dura para sempre. Um cilindro padrão de nitro (10lbs), dura em média de 5 a 7 minutos de injeção, considerando que você aperte o botão durante uns 15 segundos no máximo por vez, um cilindro dá para 30 a 50 injeções.

Atualmente, um kit simples, com um fogger, sai por cerca de US$800,00. O problema é a recarga do cilindro: R$90,00 a R$150,00 em média por quilo de óxido nitroso. O nitro pode ser usado em conjunto com o turbo ou outro tipo de preparações sem problemas, desde que com as devidas adaptações e reforços.

Se você instalar um kit de nitro no seu carro, tenha o cuidado de saber usá-lo, só acione em locais seguros e nunca aperte por mais de 15 segundos o botão se sua preparação for básica, e nem pense em injetar em uma curva, ou com o piso molhado, pois é perda de controle do carro na certa. Também não acione antes de tirar o pé da embreagem, para não arrebentar o motor ou o câmbio (daí depende da sua experiência com nitro).


Instalação
O Kit Nitro é uma forma de aumentar a potência de seu motor sem alterar demais as características dele. Pessoas leigas dificilmente percebem que o nitro está presente, instalado no motor. O kit nitro não é um veneno que se instala em qualquer fundo de quintal, apesar de fácil de instalação.

O nitro funciona assim:

O óxido nitroso, sendo composto de oxigênio e nitrogênio, pode ser injetado no corpo da borboleta da injeção ou no coletor de admissão dos carburadores. Quando chega aos cilindros, ele se divide através de uma reação causada pelo calor (acima de 300ºC) em suas substâncias simples, liberando o oxigênio, que faz com que enriqueça a queima do combustível. Essa reação de decomposição do nitro absorve calor e faz com que a mistura ar+combustível seja resfriada, fazendo uma descompressão muito rápida do nitro que estava sob pressão. Esse resfriamento aumenta muito a potência devido ao aumento da densidade da mistura.


Esquema de instalação de Nitro
A instalação do kit varia conforme o modelo a ser instalado, que deverá ser escolhido em função da potência a ser adicionada, veiculo a ser instalado. A potência mínima dos giclês originais é cerca de 25 a 30cv, mas está pode ser regulada tanto para menos quanto para mais. Para que o motor não quebre, é fundamental que o motor em si esteja em bom estado e que use a injeção de nitro na medida correta.

Num motor original, a medida máxima de nitro que se pode usar é 40% da potência do motor original. Mais que isso, estará sujeitando o motor a quebras.

As modificações no motor se tornam necessárias na medida em que se quer mais potência. Quanto maior potência jogada no motor, mais alterações serão feitas para tentar garantir a "mesma" durabilidade do motor original. É raro que alguém que queira uma super preparação fique somente com o nitro.

Os Kits podem ser usados ou novos. Apesar de serem mais em conta, os kits usados devem ser de qualidade, com isso evita-se incômodos com o tempo de uso.

Ao comprar o Kit informe-se sobre a confiabilidade das lojas (Kit novo) ou da pessoa com que você ira adquirir o kit. (Kit usado)

Ao instalar o kit nitro, conheça bem as oficinas, preparadores ou mecânicos e os carros nitrados que este tenha montado.

O sistema de óxido nitroso também tem a vantagem de que com ele acionado a queima é muito boa e o risco de pré-detonação é quase inexistente.

O kit nitro é composto por manômetros do nitro, solenoides de combustível e nitro, mangueira metálica para conduzir o gás, cilindro, o bico (fogger), botões de acionamento, giclê e mais alguns itens. As solenóides são como "torneiras" elétricas que se abrem com o apertar de um botão e deixam o combustível e o nitro irem para o fogger, onde eles se misturam e são injetados no motor.

Para o acionamento do nitro são sistemas mais usados:

Pode ser instalado um botão na alavanca de marcha (que aciona o nitro no motor), um botão de segurança.
Pode ser instalado um volante que possui um ou dois botões (que aciona o nitro no motor), um botão de segurança.
Pode ser instalado no final do curso do acelerador um botão (que aciona o nitro no motor), um botão de segurança.
Pode ser instalado um botão em qualquer lugar do carro (que aciona o nitro no motor), um botão de segurança.
Nos 4 casos o botão de segurança pode ser do tipo:

Aircraft com proteção vermelha escrita em branco nitro.
Chave elétrica com capa de proteção.
Chave on/off
Chave do Nitro.
Na verdade o Kit pode ser montado pelo proprietário do carro, de acordo com seu motor. Nos motores de arrancada dependendo das características do motor (ex: motor com pistões, bielas, virabrequim forjados, bloco usinado) se usa muito nitro e é despejada muita potência, coisa que num motor "normal" iria provocar a destruição de seus componentes.

O nitro pode ser usado em qualquer carro, então se tem a vantagem de trocar de carro e reinstalar o kit no novo carro. O único acerto a ser feito seria a substituição dos giclês (jets) por outros para o acerto de mistura óxido nitroso+combustível.

Só por curiosidade: O nitro é quimicamente composto por dois átomos de Nitrogênio (N) e por um de oxigênio (O). O nitrogênio tem propriedade congelante, e o oxigênio é um comburente. Essa mistura é realmente uma maravilha para o motor: O oxigênio melhora a queima e o nitrogênio esfria, o volume de ar diminui e o ganho de potência é ótimo.

A desvantagem é que a carga do cilindro não é infinita.

domingo, 28 de abril de 2013

MERCEDES-BENZ


Seus automóveis são o sonho de consumo da maioria dos mortais que habitam este planeta, um forte simbolismo representado pela grade do radiador com sua grande estrela prateada no centro. Um MERCEDES-BENZ é destinado a quem tem paixão por automóveis e por todos os valores que a marca agrega. Desempenho, segurança, conforto, requinte, durabilidade e respeito ao meio ambiente consagraram a marca em todo o mundo. E fazem dela, vanguarda na criação e no desenvolvimento de carros de passeio. Antecipando sempre o futuro do automóvel.

A história
Para contar a gloriosa história da marca MERCEDES-BENZ é preciso primeiro entender quem foram os homens responsáveis pelo seu surgimento.
KARL FRIEDRICH BENZ - Nascido em 1844, é considerado o criador do primeiro veículo movido a combustão interna na cidade de Mannhein na Alemanha, onde matinha uma pequena oficina. Isto porque, no dia 29 de janeiro de 1886 ele apresentou o pedido de registro de marca de patente em Berlin para seu triciclo (Patent-Motorwagen) com tração nas rodas traseiras, monocilíndrico, com 984cc de potência e que desenvolvia uma velocidade máxima de 16 km/h. Além disso, o veículo incorporava à época muitas soluções ainda utilizadas nos veículos modernos, como refrigeração à água, ignição elétrica e diferencial. Desde então, este dia é considerado o aniversário oficial do automóvel. O primeiro automóvel de quatro rodas de Benz, o Victoria de 1892, foi também a base para a criação do primeiro ônibus e perua, construídos em 1895. O primeiro automóvel com produção em série foi o Benz Velo. Em 1898 foram usados pneus de borracha no Benz Comfortable e em 1899 no primeiro carro de corrida. A Benz & Cia., não só se tornou a primeira linha de montagem como também a maior do mundo no início do século XX. Em 1903 surge o Benz Parsifal inspirado nos conceitos de design dos automóveis Mercedes de Daimler.

GOTTLIEB DAIMLER - Nascido em 1834, formou-se engenheiro aos 25 anos na Escola Politécnica de Stuttgart. Associou-se ao Sr. Wilhelm Maybach (grande projetista, criador dos clássicos e legendários automóveis Maybach) e produziram em 1885 a primeira motocicleta do mundo. Em 1886, alguns meses após o surgimento do triciclo de Benz, eles construíram a primeira carruagem movida a um motor refrigerado a ar. Em 1890 ele fundou a Daimler Motoren-Gesellschaft (conhecida como DMG). Em 1893 por motivos de rivalidades entre os sócios Daimler e Maybach se desligam da empresa. De volta a empresa em 1895, eles produziram o Phoenix em 1897, primeiro automóvel com motor frontal. Dois anos depois veio o primeiro motor 4 cilindros de 28hp.

Dados corporativos
● Origem: Alemanha
● Fundação: 29 de janeiro de 1886
● Fundador: Karl Benz, Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach
● Sede mundial: Stuttgart, Alemanha
● Proprietário da marca: Daimler AG
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: Dieter Zetsche
● Faturamento: €97.8 bilhões (2010)
● Lucro: €4.5 bilhões (2010)
● Valor de mercado: €54.4 bilhões (abril/2011)
● Valor da marca: US$ 25.179 bilhões (2010)
● Fábricas principais: 30
● Vendas globais (automóveis): 1.178.300 unidades (2010)
● Presença global: 180 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: Alemanha, Estados Unidos, China e Reino Unido
● Funcionários: 260.100
● Segmento: Automobilístico
● Principais produtos: Automóveis, caminhões, vans, ônibus e motores
● Principais concorrentes: BMW, Audi, Infiniti e Lexus
● Marcas: Mercedes-Benz, Smart, Maybach e Freightliner
● Ícones: A estrela de três pontas
● Slogan: The best or nothing.
● Website: www.mercedes-benz.com

A marca no Brasil
Exatamente no dia 7 de outubro de 1953 ocorreu a fundação oficial da subsidiária da MERCEDES-BENZ no Brasil, que teve como primeiro presidente Alfred Jurzykowski. Quase três anos depois, em 28 de setembro de 1956 teve início efetivo da indústria automobilística brasileira com a inauguração oficial da fábrica da MERCEDES-BENZ em São Bernardo do Campo (São Paulo). O primeiro caminhão a diesel MERCEDES-BENZ fabricado no Brasil, conhecido como L-312 e apelidado de “torpedo” devido à forma característica do cofre do motor, surgiu nesse mesmo ano. Em 1958, o pioneiro O-321 H trouxe para o Brasil um conceito inovador em transporte coletivo: os ônibus de fabricação integral, conhecidos como monoblocos. Nos anos seguintes a MERCEDES-BENZ lançou no mercado produtos inovadores como o primeiro caminhão com tração total, chamado de LAP 321, em 1960; o caminhão L/LK/LS 1111, com cabines semi-avançadas, em 1964; o caminhão L 1113, modelo mais vendido no mercado brasileiro até hoje, com mais de 200.000 unidades, em 1970; e o caminhão leve L 608 D, apelidado de “Mercedinho”, primeiro caminhão leve a diesel do Brasil, em 1974.
A unidade de Campinas foi inaugurada em 1979, voltada à fabricação de ônibus, as no final de 2000, deixou de ser uma unidade de produção e, atualmente, reúne as atividades de assistência técnica, pós-venda, comercialização de peças, treinamento e desenvolvimento da rede de concessionários. No final da década de 90, em 1999, a empresa passou a produzir no Brasil o carro MERCEDES-BENZ CLASSE A. Outro fato marcante ocorrido nesta época aconteceu em 18 de janeiro de 2001, quando saiu da linha de produção a primeira MERCEDES-BENZ classe C para cliente, montada na unidade de Juiz de Fora. Instalada há mais de 50 anos no Brasil, a empresa possui atualmente 3 fábricas (São Bernardo do Campo, Campinas e Juiz de Fora) empregando mais de 13 mil pessoas. A fábrica de Juiz de Fora, inaugurada em 1999, foi pioneira na adoção de novas técnicas de produção, organização e trabalho em equipe, atingindo um dos mais altos padrões de qualidade entre todas as unidades de automóveis da marca MERCEDES-BENZ no mundo e, é vista como uma das mais modernas da indústria automobilística da América Latina. O Brasil é o terceiro maior mercado de caminhões da MERCEDES-BENZ no mundo, comercializando em 2010 mais de 44.000 unidades; e o maior no segmento de ônibus, que em 2010 contribuiu com mais de 15.500 unidades em suas vendas globais. A MERCEDES-BENZ do Brasil já comercializou mais de 1.66 milhões de veículos comerciais ao longo de sua história no país.