segunda-feira, 29 de abril de 2013

Nürburgring - O "inferno verde" Parte 2


O Südschleife. 

Na parte sul do circuito, após o “S”, mergulha-se em decida em direção a ponte no “Südkehre”. Após esta, a pista continua descendo para um vale, em uma sequência de curvas sinuosas à direita e à esquerda até chegar na “Brankekopf”. Em seguida, há uma sequência de curvas suaves até uma pequena reta, que leva a uma curva de alta à direita, a “Aschenschlag”, que dá numa nova reta, esta terminando numa curva suave para a esquerda, a “Kink”. Após este trecho, chega-se a “Seifgen”, uma sequência de direitas e esquerdas combinadas onde a perna à esquerda leva a reta que termina na “Blocksberg”, uma curva rápida à direita onde alguns graves acidentes aconteceram. Ali era o ponto mais ao sul do circuito.

Após a “Blocksberg”, o traçado segue à direita, passando fora da vila de Mullenbach, com uma curva em 90º que leva o nome do local. Depois de tanta descida, é hora de subir até a “Rassruck” através da floresta. Esta subida leva a uma curva que é quase um hairpin, a “Scharfer-kopf”, para a direita. Após uma esquerda rápida, segue-se uma longa reta que leva para a parte norte do circuito, passando paralelamente a reta de partida. Para completar o que seria o Südschleife, contorna-se a curva para a direita, quase em hairpin, que se faz após a curva para a esquerda que leva ao Nordschleife, chamada “Betonkehre”, que trás de volta a linha de partida e completa os 7.747 metros da volta.
O Südschleife sempre foi subutilizado se comparado ao Nordschleife. Para isso, não faltam razões. Como o Nordschleife era destinado às provas internacionais e a Alemanha estava em franca campanha para se reafirmar diante da Europa e do mundo, especialmente nos anos 30, uma das formas de se buscar o prestígio era mostrar o maior e mais desafiador circuito do mundo e – claro – a força da indústria automotiva alemã. Em eventos como os Grandes Prêmios, o público superava facilmente o assombroso número de 200 mil espectadores.

Mas o Südschleife não ficara inteiramente esquecido. Embora as corridas usando seu traçado não fossem tão frequentes, elas aconteciam e com a melhoria da interligação entre as duas partes do circuito, algumas provas ocorreram usando-se os mais 28 Km de extensão. Uma outra interligação chegou a ser construída, a “Stichtrasse”, passando próxima a uma ponte de pedestres, próxima a ponte no “Südkehre”, mas este trecho nunca foi utilizado para provas oficiais.

As corridas antes da II Guerra Mundial. 

Em 1927 foi corrido – pela primeira vez – o Grand Prix germânico no novíssimo e desafiante circuito. No ano anterior a prova havia sido disputada em AVUS, mas isto não mudou o domínio da alemã Mercedes Benz sobre a concorrência. Otto Merz venceu sem maiores problemas a prova disputada no circuito completo, envolvendo as partes sul e norte.
No ano seguinte, o domínio alemão continuou, com Rudolf Caracciola vencendo a primeira de suas 5 provas (esta ao lado de Christian Werner), fazendo do alemão o maior vencedor da história do circuito.

A primeira das poucas derrotas germânicas só ocorreu em 1929, com Louis Chiron vencendo ao volante de seu Bugatti.

Em 1930 e 1933 não houve o Grand Prix da Alemanha, mas a partir de 1931, as provas passaram a ser disputadas apenas no Nordschleife.
 

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